PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: HERRISON FÉLIX VALERIANO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERRISON FÉLIX VALERIANO DA SILVA
DATA: 16/03/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: REPRODUTIBILIDADE DE METODOLOGIAS MÉTRICAS MANUAIS E COMPUTADORIZADAS EM ANTROPOLOGIA FORENSE
PALAVRAS-CHAVES: Antropologia Forense; Osteologia; Antropometria; Anatomia; Tomografia.
PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: Metodologias osteométricas em Antropologia Forense são imprescindíveis na reconstrução do perfil biológico de um indivíduo, sendo crucial que haja uma correta execução e precisão nas mensurações, dado os prejuízos que incoerências possam acarretar no processo de identificação humana. Diante disso, objetivou-se avaliar a reprodutibilidade de metodologias osteométricas manuais e computadorizadas, utilizadas nas estimativas de afinidade populacional, sexo e estatura. Para tanto, o estudo contou com a participação de 15 acadêmicos de Odontologia, que realizaram 88 medições preconizadas pelos métodos de estimativa de ancestralidade (AncesTrees®), sexo (DSP2® e Wasterlain e Cunha, 2000) e estatura (Mendonça, 2000), em espécimes ósseos de duas ossadas distintas. As medições foram realizadas em osso seco e em imagens tomográficas. No primeiro momento as medições foram realizadas apenas com um auxílio de um manual descritivo e ilustrado. Posteriormente, todas as medições foram refeitas, após treinamento teórico-prático. Para as imagens tomográficas foi realizado um treinamento teórico-prático sobre o manuseio do software de medição de imagens. Os dados foram submetidos aos respectivos métodos de estimativas e, posteriormente, comparados. Foram realizados os testes Shapiro-Wilk, para normalidade; Testes T de 1 grupo e pareado, Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) e Kappa, para análise de significância, análises de concordância inter, intraexaminador e comparação com padrão ouro, além do teste de Bland-Altman, para comparação entre os métodos. Para todas as análises adotou-se nível de significância de 5%. Entre os examinadores, em ambas as ossadas não houve melhora estatisticamente significante nas mensurações após o treinamento. A concordância intraexaminador variou aleatoriamente quanto à ossada analisada. No crânio, antes e após o treinamento, o mesmo grau de concordância foi obtido em apenas 02 medidas (FOL, DKB). A concordância foi quase perfeita em apenas 1 medida (GOL) (4,0%), na ossada 1, e em 22,0%, na ossada 2. No osso coxal, o grau de concordância predominante foi o mediano, com 70%, na ossada 2, o quase perfeito foi obtido em 20% das medidas, na ossada 1. Em ambas as ossadas, 20,0% das medidas obtiveram a concordância insignificante. Nos ossos longos diferenças foram observadas na concordância das medidas relacionadas a sexo e a estatura. Nas medidas de sexo houve predominância do grau moderado e substancial nas ossadas 1 e 2, respectivamente. Para estatura, o grau de concordância quase perfeito não foi observado e as medidas PHLF e PLF não foram concordantes na ossada 2. Os resultados das análises dos métodos de estimativa demostraram uma melhora na concordância entre os examinadores, após o treinamento, em ambas as ossadas, na ancestralidade e sexo, sem diferença para a estatura. A acurácia foi insignificante para ancestralidade e sexo na ossada 1 e mediana e quase perfeita, respectivamente na ossada 2. Diferenças estatisticamente significantes foram observadas entre os métodos manuais e digitais. Conclui-se que, o conhecimento anatômico básico não demonstrou ser sinônimo de expertise em Antropologia Forense, sendo necessário um procedimento de nivelamento mais rigoroso para que sejam confiáveis a execução de metodologias métricas, levando em consideração as nuances anatômicas e processos tafonômicos. Nesse sentido, as incongruências entre medições manuais e digitais sinalizam para a necessidade de estudos que desenvolvam parâmetros específicos para medições em imagens tomográficas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2938952 - LAISE NASCIMENTO CORREIA LIMA
Externo à Instituição - LARISSA CHAVES CARDOSO FERNANDES
Externo à Instituição - RACHEL LIMA RIBEIRO TINOCO