Banca de DEFESA: ANNA KARINA BARROS DE MORAES RAMALHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA KARINA BARROS DE MORAES RAMALHO
DATA: 24/05/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do CCS
TÍTULO: Análise da oferta da especialidade de Prótese Dentária nos Centros de Especialidades Odontológicas Brasileiros
PALAVRAS-CHAVES: Atenção secundária à saúde; Prótese Dentária; Sistema Único de Saúde; Fluxo de Trabalho; Estrutura dos Serviços
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A necessidade do uso de próteses dentárias é epidemiologicamente relevante no Brasil, visto que estudos abordando fatores relacionados à Especialidade de Prótese Dentária (EPD), associando-se à estrutura e processo de trabalho, não têm sido encontrados. O objetivo geral deste estudo foi analisar a oferta da EPD nos Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) em relação a aspectos estruturais e de processo de trabalho. O estudo é do tipo transversal, descritivo, analítico, nacional, desenvolvido em três artigos (A) com dados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos CEO (PMAQ/CEO) ciclo 2 e de produção extraída do SIA/SUS. O A1 objetivou identificar a oferta da EPD nos CEO participantes PMAQ/CEO ciclo 2 e caracterizá-los segundo aspectos estruturais e de processo de trabalho que podem influenciar na oferta. A amostra foi de n= 1040; a variável dependente “ofertar a EPD” e as independentes abordaram “processo de trabalho” e “estrutura”. Utilizaram-se análises de frequência e estatística bivariada com p< 0,05. Dos CEO, 61,6% ofertavam próteses, caracterizaram-se e apresentaram oferta influenciada por CEO com gerente (95,9%) e sem pós-graduação em Saúde Coletiva/Gestão (56,7%), que planejavam e avaliavam ações (84,3%), monitoravam metas (89,3%), autoavaliavam-se (77%), com atenção ao absenteísmo (77%) e aos resultados alcançados em ciclos anteriores do programa (57,7%). Apesar da oferta ser mais prevalente em CEO “Tipo 2” (47,1%), a oferta da EPD, foi influenciada pelo Tipo 3. Concluiu-se que ser do Tipo 3, localizado fora das universidades, possuir gerente, praticar planejamento, avaliação, monitoramento e ter atenção ao absenteísmo e aos resultados de ciclos anteriores do programa foram aspectos que influenciaram na oferta da EPD. O A2 objetivou verificar a associação entre aspectos estruturais e de processo de trabalho em relação à oferta da EPD em CEO, utilizando as mesmas, amostra e variáveis, do A1. Porém, a análise estatística utilizada foi uma regressão logística de nível de significância 5% e intervalo de confiança 95%. Apontou-se que os CEO Tipo 3 apresentaram 3,78 vezes mais chances de ofertar EPD (OR = 3,78; 95%CI:1,90-7,49); os localizados fora de universidades, 8,40 vezes a mais que os dentro, OR = 8,40 (95%CI:1,94; 36,42). CEO que não planejam e avaliam as ações, tiveram 1,83 vezes menos chances em ofertar a EPD, OR = 0,54 (95%CI: 0,35; 0,83), e aqueles participantes pela primeira vez, no ciclo 2, em relação aos participantes desde o Ciclo 1 e que usam seus resultados no Processo de trabalho apresentaram 2,24 vezes menos chances em ofertar a EPD, OR = 0,44 (95%CI: 0,29 ; 0,67). Concluiu-se que foram associados positivamente a oferta da EPD ser CEO do Tipo III, localizados fora do ambiente acadêmico e que realizam planejamento e avaliação periódica. Por fim, um terceiro estudo, o A3 objetivou analisar a associação entre aspectos estruturais e de processo de trabalho com a produção de próteses dentárias e carga horária, em CEO, caracterizando-os em relação a esses aspectos. Nesse recorte, utilizaram-se, além dos dados secundários do PMAQ/CEO ciclo 2, dados de produção de PD do SIA/SUS. A amostra do estudo foi = 401 CEO. A variável dependente foi a razão entre a média de PD entregues e a da carga horária dos CD (0,29). As variáveis independentes referiram-se a “processo de trabalho”, “estrutura” e “produção de Prótese Dentária”. Utilizou-se análise descritiva e regressão logística. Os CEO n1 e n0, apresentaram características estruturais e de processo de trabalho, abordadas no estudo, com valores relativos semelhantes, apresentando diferenças dos perfis apenas em número de sessões para entrega de PD, em relação ao preconizado pelo do preconizado pelo MS. O número de sessões para entrega de PT estar abaixo do que é orientado pelo do MS e não ofertar PFU aumentam as chances de se estar entre os CEO que estão acima da média (n1), em 3,2 e 2 vezes, respectivamente, bem como possuir CD que atuam na EPD sem ter mestrado ou doutorado (em qualquer área), 2,4 vezes. Concluiu-se que os CEO n1 e n0 apresentaram perfis próximos quanto a estrutura e processo, exceto em relação ao número de sessões para entrega da PT. Associaram-se positivamente, com a razão acima da média de produção de próteses e carga horária, o menor número de sessões para confecção de PT e a não oferta de PFU.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1631399 - CARMEM SILVIA LAUREANO DALLE PIAGGE
Interno - 1222510 - EDSON HILAN GOMES DE LUCENA
Externo à Instituição - JOSÉ EUDES DE LORENA SOBRINHO
Externo à Instituição - RAFAELA DA SILVEIRA PINTO
Presidente - 306485 - WILTON WILNEY NASCIMENTO PADILHA