Banca de DEFESA: DANILO AUGUSTO DE HOLANDA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANILO AUGUSTO DE HOLANDA FERREIRA
DATA: 30/06/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Aud. CCS e videoconferência
TÍTULO: A INFLUÊNCIA DO ESTADO FÍSICO E DAS CONDIÇÕES ESTOMATOGNÁTICAS E VOCAIS NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UM ESTUDO MULTICÊNTRICO
PALAVRAS-CHAVES: Idosos; Qualidade de Vida Relacionada à Saúde; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Distúrbios da Voz; Disfagia
PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A análise das condições físicas, estomatognáticas e vocais como fatores relacionados à qualidade de vida é de grande relevância no âmbito da institucionalização de idosos. Nesse contexto, a maneira como a qualidade vida relacionada à saúde geral, à saúde bucal e à saúde vocal são influenciadas por aspectos sociais, de estado físico e por condições estomatognáticas e vocais precisa ser investigada, com o intuito de conhecer como esses fatores se relacionam com cada uma das dimensões da qualidade de vida. Diante disso, o presente estudo objetivou avaliar o estado físico e as condições estomatognáticas e vocais, identificando fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde geral (QVRS), à saúde bucal (QVRSB) e à qualidade de vida em voz (QVV) de idosos institucionalizados. A pesquisa foi multicêntrica e teve delineamento transversal, contando com a participação de 279 idosos institucionalizados de duas cidades brasileiras (João Pessoa-PB e Piracicaba-SP). Foram obtidos dados referentes ao sexo, recebimento de visitas, grau de mobilidade física e ocorrência de depressão. O estado físico foi avaliado quanto à sarcopenia (SARC-CalF), à fragilidade e ao grau de dependência (escala de Katz). Avaliou-se as condições estomatognáticas por meio da presença e grau de xerostomia, performance mastigatória e risco de disfagia (EAT-10). Quanto à saúde vocal, foi analisada por meio do Índice de Triagem de Distúrbios de Voz (ITDV). Também foram avaliadas a percepção dos idosos quanto à QVRS, QVRSB e QVV utilizando-se, respectivamente, os instrumentos WHOQOL-OLD, GOHAI e o de Qualidade de Vida em Voz (QVV). Foram propostos modelos teórico-conceitual, sendo as variáveis independentes avaliadas quanto à sua associação com a QVRS, QVRSB e QVV por meio da utilização de modelos de regressão de Poisson, obtendo-se a razão de prevalência (RP) com o intervalo de confiança de 95% (IC95%), considerando o nível de significância de 5% (p<0,05). As três medidas de qualidade de vida (QVRS, QVRSB e QVV) foram respectivamente influenciadas pelo grau de mobilidade (p=0,018; p<0,001; p<0,001), pelo ITDV (p<0,001; p<0,001; p<0,001) e pelo risco de disfagia (p<0,001; p<0,001; p=0,034). Além desses fatores, a QVRS também esteve associada ao recebimento de visitas semanais, à condição de fragilidade e à presença de xerostomia. A QVRSB, adicionalmente associada ao grau de dependência para realizar as atividades de vida diária (AVD) e às condições de fragilidade e de sarcopenia. Por fim, a QVV também foi influenciada significativamente pelo grau de dependência para realizar as AVD e pela intensidade da xerostomia. Conclui-se, portanto, que os fatores que estiveram associados à QVRS, QVRSB e QVV de idosos institucionalizados foram o grau de mobilidade, a ocorrência de distúrbios de voz e o risco de disfagia, estando as demais condições de saúde (recebimento de visitas semanais, condições de fragilidade e de sarcopenia, grau de dependência para realizar as AVD, presença e intensidade da xerostomia) relacionadas a apenas uma ou duas dimensões da qualidade de vida de idosos institucionalizados.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2405870 - LEOPOLDINA DE F DANTAS DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 1890525 - MARIA FABIANA BONFIM DE LIMA SILVA
Externo à Instituição - RENATA CUNHA MATHEUS RODRIGUES
Externo à Instituição - ROOSEVELT DA SILVA BASTOS
Presidente - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI