PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: Yasmin Caldas de Macêdo Abrantes Rodrigues de Oliveira

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: Yasmin Caldas de Macêdo Abrantes Rodrigues de Oliveira
DATA: 07/11/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: Aplicação do índice orbital para estimativa de sexo na população brasileira usando MPR e reconstruções 3D em tomografia computadorizada
PALAVRAS-CHAVES: Antropologia Forense; Órbita; Índice; Dimorfismo Sexual; Antropometria.
PÁGINAS: 85
RESUMO: A identificação humana necessita de recursos que acompanhem a complexidade das perícias. A estimativa do sexo é indispensável para se traçar o perfil biológico do indivíduo para essa identificação. Contudo, o uso de parâmetros estrangeiros em amostras brasileiras muitas vezes é ineficaz. Este estudo teve como objetivo avaliar a aplicabilidade do índice orbital (IO) na estimativa do sexo em brasileiros, comparando reconstruções multiplanares (MPR) e tridimensionais (3D) obtidas por tomografias computadorizadas. Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, analítico e quantitativo, composto por 386 tomografias (cálculo amostral: 95% de confiança, 5% de erro), balanceadas por sexo e distribuídas entre as cinco macrorregiões do Brasil. Foram incluídas imagens crânio-faciais completas com visualização íntegra dos pontos anatômicos orbitários; excluíram-se casos com alterações morfofuncionais, cirurgias, fraturas, neoplasias ou imaturidade óssea (<18 anos). As medidas de altura, largura e IO foram realizadas em MPR e 3D no software RadiAnt DICOM Viewer 2025.2. A concordância intra e interexaminador foi avaliada em 10% da amostra pelo Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), apresentando valores excelentes (ICC > 0,90), com protocolo padronizado e mascaramento triplo-cego. As análises foram realizadas no Jamovi 2.3 e Python 3.13.5. A normalidade (Kolmogorov-Smirnov, p > 0,05) e homogeneidade (Levene, p > 0,05) dos dados obtidos foram confirmadas. Houve diferença significativa entre MPR e 3D (t pareado, p < 0,05), com IO médio de 87,1 ± 5,03 (mesossême) no MPR e 91,7 ± 5,26 (megasême) no 3D, indicando superestimação tridimensional (≈6,8%). Homens apresentaram maiores dimensões orbitárias lineares que mulheres em ambos os métodos (p < 0,001), mas o dimorfismo do IO foi confirmado apenas no 3D (p < 0,05), seguindo este método para as análises subsequentes. Apesar da forte correlação bilateral (Correlação de Pearson, r ≥ 0,900), o IO demonstrou baixa capacidade discriminatória, com taxa global de acerto de 58,8% (60,6% feminino; 57,0% masculino) na Análise Discriminante Linear. Conclui-se que o IO apresenta limitações como indicador isolado de dimorfismo sexual, devendo ser utilizado apenas como variável auxiliar em modelos multivariados. A escolha do método de reconstrução influencia a classificação morfométrica das órbitas, fornecendo subsídios metodológicos específicos para a população brasileira e orientando aplicações em antropologia forense e contextos clínicos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - EVELYNE PESSOA SORIANO
Externo(a) à Instituição - MARIA LUIZA DOS ANJOS PONTUAL
Presidente(a) - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI