PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: RENNIS OLIVEIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENNIS OLIVEIRA DA SILVA
DATA: 20/12/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: INFLUÊNCIA DAS DESIGUALDADES ECONÔMICAS E RACIAIS NA SAÚDE BUCAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA E INTERSECCIONAL NO BRASIL E COLÔMBIA
PALAVRAS-CHAVES: Saúde Bucal; Enquadramento Interseccional; Cárie Dentária; Doenças Periodontais; América Latina.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
SUBÁREA: Odontologia Social e Preventiva
RESUMO: A América Latina, com uma história marcada por desigualdades socioeconômicas e raciais, apresenta um cenário que favorece iniquidades em saúde, agravadas pela distribuição desigual de recursos financeiros. Essas desigualdades refletem nas doenças bucais, que são crônicas, progressivas e afetam desproporcionalmente os indivíduos de setores socioeconômicos mais pobres. Compreender as relações entre raça/cor, condição econômica e saúde é essencial para reduzir lacunas de assistência e promover a equidade em saúde bucal. Nesse contexto, a interseccionalidade permite analisar como fatores sociais interagem para gerar desigualdades complexas, oferecendo uma visão mais completa das experiências de saúde. O objetivo geral deste estudo é investigar a influência das desigualdades de raça/cor e renda em desfechos de saúde bucal na perspectiva da interseccionalidade no Brasil e na Colômbia. O estudo 1 o visa explorar os efeitos da interseccionalidade entre raça/cor e renda em desfechos de cárie dentária no Brasil e na Colômbia. O estudo 2 visa identificar se existe interseccionalidade de raça/cor e renda na doença periodontal de adultos brasileiros e colombianos. Ambos os estudos são caracterizados como transversal e foram realizados com os dados da pesquisa nacional de saúde bucal de 2010 no Brasil (SBBrasil 2010) e da pesquisa nacional de saúde bucal de 2014 na Colômbia (ENSAB- IV). Para o estudo 1, foram analisados desfechos de cárie não tratada para crianças, adolescentes e jovens, e a perda dentária para adultos e adultos mais velhos. Para o estudo 2, foi analisado o desfecho de doença periodontal severa para as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos. A interseccionalidade foi avaliada pelo Risco Relativo Excedente devido Interação (RERI). Os dados foram analisados quanto raça/cor e renda dos participantes e as análises foram ajustadas quanto ao sexo, idade e peso amostral. Todas as análises foram realizadas no software Stata 18. No estudo 1, para o Brasil, foi observado uma maior média de dentes cariados/perdidos no grupo com os dois fatores de exposição (raça/cor e renda), com um efeito subaditivo, indicando uma independência no efeito desses fatores. Para a Colômbia, o cenário foi semelhante, exceto para a perda dentária para adultos mais velhos, onde afro-colombianos com menor renda obteve uma menor média que o grupo de referência. No estudo 2, os resultados do RERI foram não significativos, onde não é possível afirmar a presença de uma interação entre ix as variáveis de exposição. Os dados de prevalência da doença periodontal severa foram variáveis, a depender da raça/cor, renda, idade e país, não representando um padrão. Conclui-se que indivíduos de raça/cor parda, preta, mestiça ou afrocolombiana de baixa renda em geral apresentam pior saúde bucal, contudo os fatores de exposição tendem a influenciar de forma isolada, o que indica um efeito subaditivo.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDREIA MEDEIROS RODRIGUES CARDOSO
Presidente - 1222510 - EDSON HILAN GOMES DE LUCENA
Externo à Instituição - RAFAELA DA SILVEIRA PINTO
Interno - 1636121 - SIMONE ALVES DE SOUSA
Interno - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI