PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: JÉSSICA BONIFÁCIO DE CARVALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÉSSICA BONIFÁCIO DE CARVALHO
DATA: 17/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: Influência dos modeladores de resina sobre a propriedade física superficial de uma resina composta
PALAVRAS-CHAVES: Odontologia. Materiais Dentários. Resina composta.
PÁGINAS: 40
RESUMO: Visando aumentar a sua resistência mecânica, muitas resinas compostas acabaram apresentando uma característica muito viscosa. A fim de diminuir essa viscosidade foram desenvolvidas resinas de diferentes composições e viscosidades ao longo dos anos. Outra abordagem adotada pelos profissionais consiste na utilização de sistema adesivos ou de líquidos modeladores. (MUNCHOW et al., 2016; PEREIRA, 2005). Alguns fabricantes introduziram no mercado odontológico líquidos modeladores específicos para se modelar a resina composta, porém não é incomum que profissionais acabem por utilizar adesivos que não são comercialmente indicados para esta finalidade ou aplicar álcool isopropílico na superfície das espátulas de inserção, buscando melhorar o manuseio clínico dos incrementos (PAOLONE et al., 2022). Porém há uma preocupação acerca das alterações negativas em relação às propriedades da resina. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar in vitro a influência dos líquidos modeladores sobre a propriedade física superficial de uma resina composta. A pesquisa foi desenvolvida em João Pessoa- PB, nas dependências da Universidade Federal da Paraíba – UFPB no Laboratório Integrado de Biomateriais (LABIO). Os grupos avaliados foram divididos da seguinte forma: G1: Controle (compósito Z100 – 3M Solventum) nenhum agente modelador será usado; G2: Utilização de 0,05ml de álcool 70%; G3: Utilização de 0,05ml de gel de glicerina Power block (BM4); G4: Utilização de 0,05ml do adesivo Scotchbond (3M Solventum) apenas o bond; G5: Utilização de 0,05ml do adesivo Single Bond 2 (3M Solventum); G6: Utilização de 0,05ml resina modeladora (Composite Wetting Resin – ULTRADENT). Para confecção dos corpos de prova foram utilizadas matrizes de teflon em forma de disco com 5,0mm de diâmetro e 2,0mm de espessura. O compósito Z100 (3M Solventum) foi inserido em incremento único e adaptado a matriz com uma espátula de inserção para resina composta. A superfície das amostras foram modeladas com microbrush umedecido de cada um dos agentes modeladores, antes da polimerização. Para a construção do grupo controle (G1) nenhum líquido modelador foi impregnado. O compósito foi fotoativado por 40 segundos utilizando um diodo emissor de luz (LED) Emitter C (Schuster). Foi realizado o polimento da superfície usando uma sequência completa de discos de poliéster Kit Sof-gloss (American Burrs). Cada superfície foi polida por 20 segundos (BAYRAKTAR et al., 2021) e os discos foram renovados a cada grupo. Em seguida, foram identificados e armazenados em frascos âmbar, com água destilada, em estufa à 37°C por 24 horas (TUNCER et al., 2013). Após o período de armazenagem as amostras foram secas com papel absorvente. Os corpos de prova foram levados individualmente ao perfilômetro óptico (Taylor Hobson®, CCI MP, Leicester, Inglaterra), para verificação da rugosidade de superfície. Em cada amostra foram realizadas três leituras. A leitura considerada foi a média aritmética em micrometros (μm), entre picos e vales (Ra). Para avaliação da microdureza foi utilizado um Microdurômetro da marca Insize, equipado com ponta de diamante Vickers, sob carga de penetração de 200 gramas, por 15 segundos (TUNCER et al., 2013). Em cada amostra foram feitas três leituras e a média desses valores foi utilizada para a análise estatística. Os resultados do teste de rugosidade foram avaliados estatisticamente através da análise de variância de um fator (ANOVA), onde o resultado indicou um p valor maior que 0,05 (p>0,05), indicando não existir diferença estatisticamente significante entre os grupos modelados e o grupo controle. Em uma metanálise sobre os “Efeitos dos líquidos modeladores nas propriedades de compósitos diretos à base de resina”, após os critérios de inclusão e exclusão foram metanalisados três artigos dentro da avaliação da rugosidade superficial de espécimes modelados e não modelados. Como resultado foi considerado que a rugosidade da superfície foi afetada pelo tipo de líquido modelador utilizado, onde os espécimes que sofreram intervenção com modeladores comerciais resultaram em superfícies mais lisas em comparação com os não modelados. Entretanto, cita que a diferença foi mínima, uma média de 0,02 μm, variando de 0,01 a 0,04 μm, não sendo clinicamente relevante (CHAVES; VALENTE; MUNCHOW, 2023). Cabe ressaltar que dos artigos metanalisados por Chaves, Valente e Munchow (2023), um realizou a avaliação de rugosidade após os períodos de 24 horas, 1 e 6 semanas de armazenamento em água destilada e café (KUTUK, 2020), outro estudo realizou a avaliação após termociclagem (TUNCER, 2013) e ainda outro estudo avaliou após ciclos de escovação (PEREIRA, 2021). Sugere-se a avaliação dos grupos modelados e o não modelado contidos nesse estudo após o envelhecimento. Dessa forma, não foi observada indicação de interferência dos materiais modeladores avaliados nesse estudo sobre a propriedade superficial de rugosidade, quando comparados ao uso isolado de resina composta. Porém, cabe avaliar se esses valores caracterizam uma rugosidade perceptível pelo paciente e também sua susceptibilidade para acúmulo de placa.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FERNANDA CAMPOS
Presidente - 3359058 - RENALLY BEZERRA WANDERLEY E LIMA
Interno - 1552399 - SONIA SAEGER MEIRELES MONTE RASO