PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: HELDER DOMICIANO DANTAS MARTINS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELDER DOMICIANO DANTAS MARTINS
DATA: 26/02/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: TELEESTOMATOLOGIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: PERFIS, DIAGNÓSTICOS E CONTRIBUIÇÕES DO APLICATIVO TELEESTOMATO PARA A SAÚDE BUCAL BRASILEIRA
PALAVRAS-CHAVES: Telemedicina; Estomatologia; Aplicativos Móveis; Saúde Pública; Diagnóstico Bucal.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: Estima-se que o câncer de boca seja o 5º mais comum em homens no país. Além disso, boa parte dos dentistas frequentemente encontram dificuldades no diagnóstico e manejo de lesões bucais, o que pode contribuir para diagnósticos tardios, aumento de custos relacionados ao tratamento, piores prognósticos, viagens desnecessárias e longos períodos de espera para os pacientes. Nesse contexto, ferramentas de telediagnóstico surgem de forma promissora para auxiliar dentistas na elaboração de hipóteses clínicas e no manejo desses pacientes. Com esse propósito, o aplicativo de Tele Estomatologia foi criado em 2021, com sua versão 2.0 disponibilizada em 2023. Este trabalho foi estruturado em quatro capítulos. O primeiro capítulo teve como objetivo descrever o desenvolvimento, expansão e o impacto do aplicativo Tele Estomatogia no Brasil. O aplicativo foi iniciado em 2021 (apenas na Paraíba) com uma nova versão sendo realizada em 2023, sendo expandido para outros estados através de parcerias entre Universidades Federais, Ministério da Saúde e Organização Panamericana de Saúde. Atualmente, o aplicativo opera em 14 estados com mais de 1500 casos relatados e 2000 dentistas cadastrados. Além disso, os dentistas recebem uma resposta de um especialista com tempo médio de 2.46 dias, demonstrando auxílio no diagnóstico mais eficiente comparado aos métodos tradicionais. Por fim, sugere-se que o aplicativo vem auxiliando os profissionais através da redução do tempo do diagnóstico e melhorando o acesso aos especialistas. Esforços futuros devem focar na sua implementação no Sistema Único de Saúde e sua avaliação no impacto do diagnóstico precoce do câncer de boca. O segundo e o terceiro capítulo tiveram como metodologia uma pesquisa transversal, observacional com dados obtidos durante a utilização dos aplicativos, além de ter sido aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CCS/UFPB) (n. 5.428.229). O segundo capítulo avaliou o aplicativo em sua primeira versão utilizado no estado da Paraíba. Houve 289 profissionais cadastrados, com média de idade de 33,7 anos, predominantemente mulheres (70,2%), atuando principalmente na atenção primária (79,2%) e, em sua maioria, clínicos gerais (42,6%). Foram relatados 194 casos no aplicativo, sendo as lesões reacionais as hipóteses mais frequentemente sugeridas por dentistas (24,5%) e consultores (22,3%). A taxa geral de concordância foi de 64,1%. Pode-se demonstrar também que o aplicativo é acessível com cobertura em 52,5% das cidades paraibanas. O terceiro capítulo ampliou a análise para uma perspectiva nacional, considerando o uso da versão 2.0 do aplicativo em 10 unidades federativas. Nesta versão, 1.766 dentistas se cadastraram, com maior concentração na Paraíba (n=590) e no Mato Grosso (n=333). Entre os casos relatados, os estados do Mato Grosso (n=313), Minas Gerais e Mato Grosso do Sul (MS) (n=124 cada) lideraram em número de casos. Este último apresentou a maior proporção de caso relatado/número de dentista (1.03). Por outro lado, Amazonas e Amapá apresentaram a menor proporção (0.13 e 0.23, respectivamente). Os pacientes apresentaram idade média de 47,4 anos (d.p. 21,7), com maior prevalência de mulheres (53,8%), sendo que, em 5,4% dos casos, as lesões foram observadas em consultas de rotina. As hipóteses mais frequentes, tanto de dentistas quanto de consultores, apontaram para lesões causadas por trauma crônico, seguidas por desordens orais potencialmente malignas, lesões infecciosas e tumores malignos. Por fim, a média de resposta do consultor foi de 2.46 dias e a concordância diagnóstica entre dentistas e consultores foi de 48,2%, aumentando para 62,6% ao desconsiderar os casos sem hipóteses diagnósticas. Por fim, no último capítulo temos um produto técnico, através de parceria com a Coordenação de Saúde Bucal do Mato Grosso. Durante o processo de consultorias, observamos respostas dos consultores realizadas de forma não padronizada. Aqui, o objetivo foi elaborar um guia para teleconsultores em Estomatologia que facilitasse a padronização das respostas e, consequentemente, consultorias mais eficazes. Esse produto será divulgado junto com os consultores do Mato Grosso com possibilidade de ampliação, respeitando as peculiaridades de cada Estado participante. Em conclusão, podemos reportar o sucesso do Aplicativo Tele Estomatologia em diversas regiões do Brasil, com boa assimilação pelos profissionais, incorporações estaduais e avanços na prática diagnóstica em Telessaúde.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2380400 - FRANKLIN DELANO SOARES FORTE
Externo à Instituição - LEONARDO AMARAL DOS REIS
Interno - 848.378.614-15 - NILCEMA FIGUEIREDO - UFPE
Presidente - 1859125 - PAULO ROGERIO FERRETI BONAN
Externo à Instituição - TATIANA NATASHA TOPORCOV