PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIELLEN LUIZ DA CUNHA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIELLEN LUIZ DA CUNHA
DATA: 07/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: Avaliação in vitro da Eficácia de Dentifrícios com Compostos Bioativos na Prevenção e Remineralização de Lesões Erosivas do Esmalte
PALAVRAS-CHAVES: Dentifrícios; Erosão dental; Esmalte dental.
PÁGINAS: 75
RESUMO: Introdução: A erosão dentária é um processo patológico causado pela exposição a ácidos intrínsecos, como os do refluxo gastroesofágico, ou extrínsecos, geralmente relacionados à dieta. Quando associada a fatores mecânicos, como a escovação dental, evolui para o desgaste dentário erosivo, caracterizado pela perda progressiva e irreversível da estrutura do esmalte. O aumento dessa condição representa um desafio clínico crescente, exigindo estratégias eficazes de prevenção. Dentifrícios fluoretados são amplamente indicados para promover a proteção e a remineralização do esmalte nas fases iniciais, e a adição de compostos bioativos e biomiméticos tem demonstrado potencial em intensificar os efeitos do flúor, conferindo maior resistência à desmineralização ácida e ao desgaste mecânico. Objetivo: Avaliar, por meio de dois estudos in vitro, o efeito de dentifrícios contendo diferentes tecnologias bioativas associadas ao flúor na remineralização de lesões erosivas iniciais e na proteção contra o desgaste dentário erosivo. Metodologia: No Estudo 1, voltado à remineralização, foram utilizados 48 blocos de esmalte bovino, com três regiões definidas: hígida, desmineralizada e tratada. As amostras foram distribuídas em seis grupos experimentais (n=8): Sensodyne Repair & Protect (SRP), Sensodyne Pronamel (SPE), Regenerador + Sensitive (RGS), Regenerador + reforço de cálcio (RCB), Colgate Total 12 (PC) e dentifrício sem flúor (NC). As amostras foram submetidas à ciclagem erosiva por cinco dias, com quatro desafios ácidos diários e aplicação de slurries dos dentifrícios (1:3) por um minuto, antes e após o último desafio. Foram realizadas análises de microdureza superficial (SH0, SH1 e SH2), percentual de ganho de dureza (%SMHR), rugosidade superficial (Ra) e desgaste da superfície dental (step). No Estudo 2, voltado à proteção contra o desgaste erosivo, 60 blocos de esmalte bovino foram utilizados, com metade da superfície protegida e a outra exposta ao protocolo experimental. Os grupos testados foram: RGS, SRP, Crest Pro, Controle Positivo (CP) e Controle Negativo (CN). As amostras passaram por ciclagem erosiva durante sete dias, com três desafios diários, seguidos da aplicação de slurries dos dentifrícios (1:3) por dois minutos. As análises incluíram microdureza superficial (SH0 e SH1), percentual de alteração de dureza (%SMHC), rugosidade (Ra), o desgaste da superfície dental (step) e o ganho mineral por fluorescência quantitativa induzida por luz (QLF). Os dados de ambos os estudos foram analisados estatisticamente por ANOVA ou ANOVA de medidas repetidas, seguidas pelo teste de Tukey (p<0,05). Resultados: No Estudo 1, todos os dentifrícios causaram alterações significativas nas superfícies de esmalte. Os grupos SRP e NC exibiram os menores valores de %SMHR, enquanto RGS, PC e SPE promoveram maior restauração da integridade superficial do esmalte. SRP e SPE registraram maior rugosidade superficial, e os menores valores de step foram observados nos grupos RGS, PC e SPE, com destaque para RGS. O grupo RCB obteve desempenho estatisticamente equivalente ao RGS em termos de recuperação de dureza e preservação estrutural. No Estudo 2, o grupo CN apresentou os piores resultados em todas as variáveis. Os dentifrícios Crest Pro e RGS demonstraram maior eficácia, com menores valores de %SMHC, perda de fluorescência, rugosidade e step, com desempenho estatisticamente superior. Os grupos CP e SRP exibiram resultados intermediários e semelhantes entre si, mas sem diferenças significativas na rugosidade em relação ao controle negativo. Conclusão: A associação de tecnologias bioativas ao flúor demonstrou efeito positivo na reversão das alterações estruturais iniciais do esmalte e na proteção frente à progressão do desgaste erosivo. Os dentifrícios com sílica bioativa e o Sensodyne Pronamel foram mais eficazes na fase de remineralização, enquanto o Regenerador Sensitive e o Crest Pro se destacaram na proteção contra a progressão da lesão erosiva. Em ambos os estudos, os dentifrícios fluoretados enriquecidos com compostos bioativos superaram os controles, evidenciando seu potencial como agentes preventivos e terapêuticos frente à erosão dentária.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6337281 - FABIO CORREIA SAMPAIO
Interno - 3359058 - RENALLY BEZERRA WANDERLEY E LIMA
Externo à Instituição - RODRIGO BARROS ESTEVES LINS