PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: LAYS NÓBREGA GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAYS NÓBREGA GOMES
DATA: 12/11/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do PPGO
TÍTULO: A menopausa influencia no desenvolvimento de sintomas de Sensibilização Central e percepção de dor em mulheres com Disfunção Temporomandibular?
PALAVRAS-CHAVES: Menopausa; Sensibilização do Sistema Nervoso Central; Dor facial; Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular; Efeitos Psicossociais da Doença.
PÁGINAS: 77
RESUMO: A literatura é escassa no que tange a identificação da relação existente entre a menopausa e o desenvolvimento de sintomas de sensibilização central em mulheres com DTM dolorosa. Este estudo tem por objetivo avaliar a influência da menopausa na sensibilização central e nos fatores psicossociais associados. Esta tese foi dividida em dois planos de trabalho. Inicialmente foi investigada a influência da menopausa sobre sintomas de Sensibilização Central (SC), limiar de dor à pressão (LDP) e modulação condicionada da dor (Conditionated Pain Modulation, CPM) em mulheres com DTM dolorosa. Um segundo estudo foi delineado para avaliar o impacto da dor proveniente da DTM nas características psicossociais dessas mulheres. Para isso foi realizado um estudo observacional com 45 mulheres, alocadas em dois grupos: controle (n=15) e menopausa (n=30). As participantes do estudo foram submetidas a uma entrevista inicial para averiguação dos critérios de inclusão. Em seguida, foi realizada a avaliação clínica pelo Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD), para diagnóstico de DTM dolorosa. Foram aplicados os questionários: Central Sensitization Inventory (CSI), Escala de dor crônica graduada, versão 2 (GCPS 2), o Questionário de saúde do paciente (PHQ-9), a escala para o transtorno de ansiedade generalizado (GAD7), a escala de limitação funcional da mandíbula (JFLS-8) e a Escala de pensamentos catastróficos sobre a dor (B-PCS). Os dados foram tabulados no softwere tatistical Package for Social Sciences (IBM-SPSS, v.21, Chicago, IL), no qual foram realizadas as análises descritivas e os modelos de regressão MANOVA e MANCOVA, nível de significância adotado para todas as análises foi de 5% (p < 0,05). A média de idade das participantes foi de 50,0 anos. No estudo 1, não houve diferença significativa entre os grupos nos escores do CSI, mas o LDP foi menor no masseter direito em mulheres na menopausa (p=0,010). Após ajustar pela reposição hormonal, diferenças também foram encontradas no masseter esquerdo (p=0,039). A análise dos três grupos (controle, C; menopausa sem e com reposição, MSR e MR, respectivamente) revelou diferenças significativas no LDP, especialmente entre o grupo controle e o grupo menopausa sem reposição hormonal (p<0,05). Para o estudo 2, foi observado maior catastrofização da dor no grupo SR (p=0,009) e diferença significativa no escore de interferência da dor (p<0,001). Ansiedade e sintomas depressivos foram menores no grupo com reposição (p<0,001), sem diferenças nos movimentos mandibulares. A DTM articular e muscular foi predominante de forma sobreposta nas mulheres avaliadas. Mulheres na menopausa sem reposição hormonal apresentaram maior depressão, ansiedade, catastrofização da dor e menor LDP. A terapia hormonal mostrou-se protetora, melhorando aspectos psicofísicos e psicossociais.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA ISABELLA ARRUDA MEIRA RIBEIRO
Presidente - 096.679.944-57 - MARIA HELENA RODRIGUES GALVÃO - UFPE
Externo à Instituição - RENATA DE SOUZA COELHO SOARES