PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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3216-7797
Notícias
Banca de QUALIFICAÇÃO: RENNIS OLIVEIRA DA SILVA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RENNIS OLIVEIRA DA SILVA
DATA: 30/10/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: INFLUÊNCIA DAS DESIGUALDADES ECONÔMICAS E RACIAIS NA SAÚDE BUCAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA E INTERSECCIONAL NO BRASIL E COLÔMBIA
PALAVRAS-CHAVES: Saúde Bucal; Enquadramento Interseccional; Cárie Dentária; Doenças Periodontais; América Latina.
PÁGINAS: 42
RESUMO: As doenças bucais são crônicas, progressivas e afetam desproporcionalmente os setores socioeconômicos mais pobres, ampliando desigualdades sociais. A América Latina, com uma história marcada por desigualdades socioeconômicas e raciais, apresenta um cenário que favorece iniquidades em saúde, agravadas pela distribuição desigual de recursos. Compreender as relações entre raça, condição econômica e saúde é essencial para reduzir lacunas de assistência e promover a equidade em saúde bucal. Nesse contexto, a interseccionalidade permite analisar como fatores sociais interagem para gerar desigualdades complexas, oferecendo uma visão mais completa das experiências de saúde. O objetivo geral deste estudo é investigar a influência das desigualdades de raça e renda em desfechos de saúde bucal na perspectiva da interseccionalidade no Brasil e na Colômbia. O estudo 1 o visa explorar os efeitos da interseccionalidade entre raça e renda em desfechos de cárie dentária no Brasil e na Colômbia. O estudo 2 visa identificar se existe interseccionalidade de raça e renda na doença periodontal de adultos brasileiros e colombianos. Ambos os estudos são caracterizados como transversal e foram realizados com os dados da pesquisa nacional de saúde bucal de 2010 no Brasil (SBBrasil) e da pesquisa nacional de saúde bucal de 2014 na Colômbia (ENSAB-IV). Para o estudo 1, foram analisados desfechos de cárie não tratada para as idades e faixa etária de 5, 12, 15, 18, 35-44 anos e edentulismo para faixa etária de 65-74 anos. Para o estudo 2, foi analisado o desfecho de doença periodontal severa para as faixas etárias de 35-44 anos e 65-74 anos. A interseccionalidade foi avaliada pelo Risco Relativo Excedente devido Interação (RERI). Os dados foram analisados quanto raça/cor e renda dos participantes e as análises foram ajustadas quanto ao sexo, as análises foram realizadas no software Stata 18. No estudo 1, para a Colômbia o RERI identificou presença de interseccionalidade para as idades de 5 anos, onde brancos de menor renda tem 40% menor chance de possuir cárie não tratada do que mestiços de baixa renda. No Brasil, com exceção da faixa etária de 65-74 anos, todas as análises apresentaram alguma forma de interseccionalidade. No estudo 2, na faixa etária de 35-44 anos foi observada a interseccionalidade de raça e renda quando comparados brancos e mestiços na Colômbia e brancos e pardos no Brasil. Para a faixa etária de 65-74 anos observou-se interseccionalidade quando comparados brancos e afro-colombianos na Colômbia e brancos e pardos e brancos e pretos no Brasil. Conclui-se A interseccionalidade de raça e renda foi mais presente no Brasil, quando analisados os desfechos de cárie não tratada e periodontite severa.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI
Interno - 1636121 - SIMONE ALVES DE SOUSA
Externo à Instituição - RAFAELA DA SILVEIRA PINTO